quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Nem tudo que a gente conserva de puro merece ser abandonado. Assim como os anos não anulam o que já foi vivido, a maturidade não anula o que já foi sonhado!"
(Fernanda Gaona)

 
"Salve o amor. Aquele de conchinha e barba na nuca, que pode durar pra sempre ou só até amanhã. Aquele amor sem medo, sem freio, que ama e pronto. Salve o amor que a gente dá e pega de volta outra hora, outro dia, com outra pessoa. Aquele aconchego facinho que não posa, não se esforça, não finge. Salve o amor-próprio, que resolve a vida de muitos, o amor das amigas, que aguenta, arrasta e levanta. Salve o amor na pista, que roça, se esfrega, se joga e vai embora. Um amor só pra hoje, sem pacote pra presente, sem laço ou dedicatória. Salve o primeiro amor, que rasgou, perfurou, corroeu... ensinou. Salve o amor selvagem, o amor soltinho, o amor amarradinho. Salve o amor da madrugada, sincero enquanto dure e infinito posto que é chama. Salve o amor nu, despido de inverdades e traquitanas eletrônicas. Salve o amor de dois a dez, um amor sem vergonha, sem legenda. Salve o amor eterno, preenchido de muitos ardores. Salve o amor gigante, mas sem palavras, o rotativo e o escrito, salve o amor rimado, cego, de quatro. Salve o amor safado, sincero e sincopado, o amor turrão e o encaixado."
(Lia Block)
"Que minha paz nunca seja ameaçada.
Que nunca me falte abraços e nem sorrisos.
Quero toda alegria que couber no meu coração."
(Caio Augusto Leite)
"Que no fundo é simples ser feliz, difícil é ser tão simples."
(O Teatro Mágico.)


"Se eu tivesse tomado um atalho, uma rua estreita qualquer, que tipo de pessoa eu teria me tornado? Não sei.
Mas gostaria muito de saber.
Pelo retrovisor, vejo todas as pessoas que eu poderia ter sido e não fui."
(O Teatro Mágico)
"Você ja reparou como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas?
Se enrosca, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço:coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um laço no presente, no cabelo, no vestido,
em qualquer lugar que se precise enfeitar.
E quando a gente puxa uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando devagarinho, desmancha, desfaz o laço.
Solta o presente o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento?
Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz:
- romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual os pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor é isso...
Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!"
(Mário Quintana)



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Pode ficar com razão, a razão nada entende de nosso desejo. Nunca entendeu.
A razão é o que menos importa ao amor."
(Fabrício Carpinejar)
"Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche.
O resto, mais que perda de tempo… é perda de vida."
(Chico Xavier)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011


"Todas as relações do mundo possuem sua prateleira de cristais.
Há sempre um suspense, uma delicadeza ao transitar pela fragilidade do outro. 
Melhor não falar muito alto, é mais prudente ir devagar e com cuidado. 
Para não estragar, pra não quebrar, pra durar por muitos séculos."
(Martha Medeiros)

A (falsa) santa

Tenho horror de quem não se respeita. Independente do sexo, da religião, da cor, do sorvete preferido, do tom de voz. Acho que a gente tem a obrigação de respeitar a própria imagem, o próprio corpo, a própria alma. Respeitar o amor-próprio, pois ele precisa do maior cuidado.
Conheço pessoas de todos os tipos. Sei reconhecer direitinho quando uma mulher precisa se auto-afirmar a todo instante. Chega a ser patético. Tem mulher que dá em cima de tudo que se mova. Não estão nem aí se o cara usa uma aliança ou tem namorada. Não estão nem aí se usam aliança ou se são comprometidas. Não estão nem aí para nada. 
Gostam apenas de provocar, de fingir uma ingenuidade, de forçar uma pureza.
Já fui solteira. Já curti muito a vida. Já aproveitei bastante. Já fiquei com quem tive vontade. Já fiz e aconteci. Mas eu era solteira, não devia nada pra ninguém. Nunca me traí, muito menos dei motivo para algum lado meu se constranger. Sempre respeitei minhas escolhas, meu corpo, a educação que tive. Já aprontei, sim. Já bebi muito, já dei show, já tive ressaca moral. Já fiz tudo que um adolescente faz, já fiz tudo que uma mulher solteira faz. Sempre com prudência, afinal, o mundo é bem redondo e o que a gente faz hoje é visto e lembrado amanhã. Acho que a gente deve se preocupar com a nossa imagem, não pelos outros, mas pra dormir tranquila.
Não gosto de quem se faz de santa, de prestativa, de solícita, de legal. Não gosto de quem fala miando, se finge de sonsa, faz caras e bocas. Não gosto de gente artificial, que tem duas caras, dois jeitos, dois comportamentos. Sou a favor da transparência, de gente de verdade, sem retoques, sem artifícios. Tenho pavor de mulher fingida. Que se finge de morta, mas no fundo rebola o tempo todo, faz cara de atriz pornô pra ser notada e depois diz que ah-é-meu-jeito-sou-assim. Tenho pavor de mulher que se insinua o tempo inteiro e depois diz não-entendo-porque-todo-mundo-olha-pra-mim. Pavor.
Tem mulher que perde a linha. Com esse tipo, perco o rebolado. Quase esqueço a classe em casa. É que gente de mentira me tira do sério. Além disso, tenho horror de biscate. Acho que no fundo são todas perdidas, infelizes, coitadas, mal amadas. Precisam de atenção 24 horas. E esquecem que pra gente ter atenção de verdade precisa, em primeiro lugar, ser verdadeira. Com a gente mesma.
(Clarissa Corrêa)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

''Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã.
Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama.
É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo.
É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção.
Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existencia e desvendar seus mistérios.''
(Augusto Cury)


''A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,  delicado e penetrante dos sentimentos.
E o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,  as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro  retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto
no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.Do subjetivo para o objetivo.Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos  verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento,  irradia durante e permanece depois que  as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar  a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a  respeito dos mesmos fatos que impressionam comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras. 

É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento...
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.

É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando falar,

jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.''
(Artur da Távola)

sábado, 20 de agosto de 2011


“A vida é um cenário com um palco e com muitas portas.
Há diversas maneiras de encarar esse jogo:
Como um trajeto,um naufrágio, um poço, uma montanha.
E somos, em parte, resultado das nossas próprias decisões.
Quando alguém resolve não pagar mais o altíssimo tributo
da acomodação, mas construir e viver sua história, 
está pela primeira vez para si mesmo dizendo sim.” 
(Lya Luft)
 
"Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro."

(Caio F. Abreu)

 “Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo”.
(José Saramago)

TE AMO VIDA! 

"Quando sair daqui, vou levá-la comigo a toda parte, não terei vergonha de você. 
Não vou criticar seus vestidos, seus modos, seu linguajar, nem mesmo seus assobios. 
Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo o mal fermenta. 
O ciúme é então a espécie mais introvertida das invejas, e mordendo-se todo, põe nos outros a culpa da sua feiúra."
(Chico Buarque)
"Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Quero ser feliz, quero sossego. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais, quero fazer mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. 
Quero menos “mas”. 
Quero não sentir tanta saudade. 
Quero mais e tudo o mais. "
(Fernando Pessoa)

"Não podia me dar ao luxo de pedir, lembrei-me de todas as vezes em que, 
por ter tido a doçura de pedir, não me deram."

(Clarice Lispector)
"Não aceito papel de má. E boazinha é um apelido quase feio. Fico no meio termo. 
A virtude não me atrapalha e o improvável sempre me aceita."

(Ju Fuzetto)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

" Meu coração se transforma
 a cada experiência.
Mas ainda palpita,
sobressalta e se assusta.
Ainda é vulnerável
como quando eu tinha dez anos ..."
(Lya Luft)

Já fui...

"Já fui julgada até crucificada. Já fui enaltecida e muito amada. Já fui certa e errada. Já julguei e condenei. Me arrependi e me desculpei. Já fiz de tudo um pouco porque meu verbo é solto. Se sinto, preciso falar, se me incomoda tenho que questionar. 
Mal interpretada costumo ser mas o que posso fazer quando preciso dizer o que vai dentro do meu coração e bole com a minha emoção. Já fui injusta com quem não deveria ser e cruel com quem fez por merecer. Já fui bondosa e companheira. Já fui até a enfermeira de vidas que desabavam. Já fui bombas que estouravam em meio a guerras devastadoras. Já fui a doutora que curou um coração que se feriu por amor. Já fui a personagem esquecida e a atriz principal. Já fui recatada e imoral. Já fui alguém que o vento levou e que trouxe, de volta, por um favor. Já acertei e errei adoeci e me curei. Já pedi e implorei. Já cedi, vendi e dei. Já me culpei e me torturei por tantas coisas que nem sei. Já corri muito atrás mas era longe demais e não consegui chegar. Já rasguei lembranças que não prestavam mais. Já remexi o lixo para achá-las e de volta, na gaveta, colocá-las.  
Já fiz de tudo um pouco afinal sou normal, só não posso revelar o etc e tal."

(Martha Medeiros)
"E hoje não. Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado. 
Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda."
(Caio F. Abreu)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"Era como ela catalogava as pessoas: através dos sinais de pontuação. Irritava-se com as amigas que terminavam as frases com reticências... Eram mulheres que nunca definiam suas opiniões, que davam a entender que poderiam mudar de ideia dali a dois segundos e que abusavam da melancolia. Por outro lado, tampouco se sentia à vontade com as mulheres em estado constante de exclamação. Extra, extra! Tudo nelas causava impacto! Consideravam-se mais importantes dos que as outras! Ela, não. Ela era mais discreta. A mais discreta de todas.
Também não era do tipo mulher dois pontos: aquela que está sempre prestes a dizer uma verdade inquestionável, que merece destaque. Também não era daquelas perguntadeiras xaropes que não acreditam no que ouvem, não acreditam no que veem e estão sempre querendo conferir se os outros possuem as mesmas dúvidas: será, será, será? Ela possuía suas interrogações, claro, mas não as expunha.
Era uma mulher entre parênteses.
Fazia parte do universo, mas vivia isolada em seus próprios pensamentos e emoções. Era como se ela fosse um sussurro, um segredo. Como uma amante que não pode ser exibida à luz do dia. Às vezes, sentia um certo incômodo com a situação, parecia que estava sendo discriminada, que não deveria interagir com o restante das pessoas por possuir algum vírus contagioso. Outras vezes, avaliava sua situação com olhos mais românticos e concluía que tudo não passava  de proteção. Ela era tão especial que seria uma temeridade misturar-se com mulheres óbvias e transparentes em excesso. A mulher entre parênteses tinha algo a dizer, mas jamais aos gritos, jamais com ênfase. Ela havia sido adestrada para falar para dentro, apenas consigo mesma.
Tudo muito elegante.
Aos poucos, no entanto, ela passou a perceber que viver entre parênteses começava a sufocá-la. Ela mantinha suas verdades (e suas fantasias) numa redoma, e isso a livrava de uma existência vulgar, mas que graça tinha? Resolveu um dia comentar sobre o assunto com o marido, que achou muito estranho ela reinvindicar mais liberdade de expressão. Ora, manter-se entre parênteses era um charmoso confinamento. 'Minha linda, você é uma mulher que guarda a sua alma.'
Um dia ela acordou e descobriu que não queria mais guardar a sua alma. Não queria mais ser um esclarecimento oculto. Ela queria fazer parte da confusão.
'Mas, minha linda...'
E não quis mais, também, aquele homem entre aspas."
(Martha Medeiros)
"Esvaziar-me de sentimentos que não me ajudavam
em nada, fez com que eu ficasse até mais bonita.
E me faz querer bem. Querer-te bem.

Querer mais bem."

(Cris Carvalho)

domingo, 7 de agosto de 2011

"Sou como um livro. Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim, há quem viaje comigo. Há quem não me entende, há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me, há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou, há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade."

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"Sigo à risca. Me descuido e vou… 
Quebro a cara. Quebro o coração. Tropeço em mim. 
Me atolo nos cinco sentidos. 
Viver não é perigoso? Então, com sua licença."
(Guimarães Rosa)
"A vida, esta vida que inapelavelmente, pétala a pétala, vai desfolhando o tempo, parece nestes meus dias ter parado no bem-me-quer."
(José Saramago)
"Alguma coisa me diz que coisas grandiosas estão por vir. 
Por isso abro meu coração pra alegria, pra vida e pro sol que acaricia e não machuca… 
E é nesse estado de gratidão e contentamento que qualquer pensamento negativo que eventualmente surja, morrerá de inanição."
(Marla de Queiroz)
"Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. 
Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.
O que é preciso mesmo é ter coragem para abrir o presente."
(Ana Jácomo)
"Intimidade é quando a vida da gente relaxa diante de outra vida e respira macio. 
Não há porque se defender de coisa alguma nem porque se esforçar para o que quer que seja. 
O coração pode espalhar os seus brinquedos. Cantar a música que cada instante compõe. 
Bordar cada encontro com as linhas do seu próprio novelo. 
Contar as paisagens que vê enquanto cria o caminho. 
descalço, sem medo de ferir os pés."
(Ana Jácomo)
"Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. 
Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa."
(Martha Medeiros)
"Para entender nós temos dois caminhos:
o da sensibilidade que é o entendimento do corpo;
e o da inteligência que é o entendimento do espírito.
Eu escrevo com o corpo.
Poesia não é para compreender,
mas para incorporar.
Entender é parede;
procure ser árvore."

(Manoel de Barros)

Cada um no seu quadrado!

Acho muito chata essa pseudo-cobrança que as pessoas nos fazem diariamente. Se você ainda não tem namorado perguntam quando você vai arrumar um homem para chamar de seu, se você está perto dos trinta perguntam quando é o casamento, se você mora em um apartamento alugado perguntam quando você vai comprar a sua cobertura, se você pinta o cabelo de preto perguntam quando vai voltar a ser loira, se você engorda perguntam quando vai emagrecer, se você pinta sua parede de azul perguntam por que você não pintou de amarelo, se você acabou de casar perguntam quando vão ter um bebê, se você acabou de ter um filho perguntam quando virá o próximo.

Apesar de estarmos em 2011, tem gente que vive em outro mundo. E se você quiser fazer produção independente? E se você for lésbica? E se você gosta de dormir sozinha e bem esparramada na sua cama? E se você não quer casar? E se você acha bacana morar junto só no final de semana? E se você prefere ter animais de estimação ao invés de filhos? E se você quer pintar cada parede de uma cor? E se você quer viver de aluguel a vida inteira? E se você não tem grana para comprar um apartamento? E se você prefere gastar seu dinheiro em viagens? E se você quer raspar a cabeça, ficar careca e usar cada dia uma peruca bem louca?

Parece um crime a gente querer o diferente. Parece errado a gente querer fazer o que os parentes e amigos mais próximos não fazem. Acho um absurdo a gente ter que dar satisfação de sonhos e projetos que na realidade são só nossos. Existem coisas que são só suas. Existem escolhas que só pertencem a você. E fim de papo. E fim de jogo. E fim de tudo.

Ninguém tem o direito de te julgar, de colocar o dedo na sua cara e dizer que o jeito que você vive não é legal. Sempre achei que a vida da gente é uma tela branca. Nela, a gente coloca as cores e formas que quiser. E quem não gostar, azar. E quem não gostar, não gostou.

Procuro manter perto as pessoas que eu gosto e que realmente querem o melhor para mim. E o melhor para mim nem sempre é o que o outro considera o melhor. O jeito que eu levo a minha vida, a forma como eu encaro os meus dias dizem respeito apenas a mim. E mais ninguém. Quem quiser, que embarque nessa comigo. Quem não quiser, que me respeite. E viva a própria vida da forma que bem entender. 
(Clarissa Corrêa) 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Às vezes é preciso dormir, dormir muito.
Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos.
Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil
é engolir a vida.
Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. 
Inteira."
(Marla de Queiroz)
"Se quer saber nunca é tarde demais (ou no meu caso, cedo demais) pra ser quem você quiser ser. 
Não há limite de tempo, comece quando você quiser. Você pode mudar, ou ficar como está. 
Não há regras pra esse tipo de coisa. Podemos encarar a vida de forma positiva ou negativa. 
Espero que encare de forma positiva. Espero que veja coisas que surpreendam você. 
Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. 
Espero que conheça pessoas com pontos de vista diferentes. Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe. 
E se você descobrir que não tem, espero que tenha forças pra conseguir começar novamente."
(Benjamin Button)

"Tem muita gente que se distrai e é feliz pra sempre, sem conhecer as delícias de ser feliz por uns meses, depois infeliz por uns dias... Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode ser monótono. Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação. E, estando lá, rever nossas escolhas e recalcular a duração de pra sempre. Muitas vezes o pra sempre não dura tanto quanto duram nossa teimosia e receio de mudar."

(Martha Medeiros)

"Eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas. "
(Caio F. Abreu)
''O amor não é para os equilibrados. 
Não somos feitos para nos encaixar, mas para arrebentar as caixas. 
Mesmo quando não tenho razão, eu teimo. 
Até para que minha namorada desenvolva melhor seus argumentos. 
Seduzir é cutucar, esbarrar, encher o saco, expor as fantasias, ensaiar aproximações novas, não desistir da personalidade, contrariar as expectativas, fazer drama para despencar na comédia. 
Ser a melhor pessoa é uma ofensa para mim, desejo ser a pessoa predileta, a pessoa necessária.''
(Fabrício Carpinejar)
"Resumir a relação a um ato mecânico dói. 
Todos dão um tempo e ninguém pretende ser igual a todos nessa hora. 
Espera-se algo que escape do lugar-comum. Uma frase honesta, autêntica, sublime, ainda que triste. 
Não se pode dar um tempo, não existe mais coincidência de tempos entre as duas. 
Dar um tempo é roubar o tempo que foi. 
Convencionou-se como forma de sair da relação limpa e de banho tomado, sem sinais de violência. 
Ora, não há maior violência do que dar o tempo. 
É mandar matar e acreditar que não se sujou as mãos."
(Fabrício Carpinejar)