quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"Segundo a profecia Maia, o mundo acabará no dia 21 de Dezembro.
A pergunta é: Para você, quantas vezes o mundo acabou?
Ainda que um copo d’água com açúcar ou um bom porre o tenha feito perceber que era pura frescura, aposto que pelo menos uma vez na vida você já teve essa sensação, a terrível sensação de fim do mundo, um acidente ou qualquer baque doloroso o suficiente para tirá-lo do eixo. Quem nunca?A perda do emprego, do amor ou do cartão do banco; a morte de alguém importante

A vida é um constante abrir e fechar de ciclos e exagerando um pouquinho, dá para dizer que ao longo da estrada a gente vê o mundo acabar (e recomeçar) algumas vezes.
A gente morre e renasce a cada queda – eis a (des)graça de existir...
  Esqueça aquela história de cultivar o jardim para contar com as borboletas. O segredo, o grande segredo, é aprender a ressurgir cada vez que seu mundo acabar."
(Flah Queiroz)


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

"Somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer. 
O que não dá pra evitar e não se pode escolher. 
Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho, eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho. 
Feitos um pro outro, feitos pra durar."
(Engenheiros do Hawaii)

"Em um primeiro momento a falsidade me incomoda. 
No instante seguinte, ela é substituída por uma sensação de pena. 
Deve ser triste “o mundo” de quem não tem a capacidade de confiar."
(Fernanda Gaona)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

"Alguém lá tem certeza absoluta do que quer que seja? Somos todos novatos na vida, cada dia é uma incógnita, podemos ser surpreendidos por nossas próprias reações. As ditas "certezas" apenas são escudos que nos protegem das mudanças. Mudar é difícil Crescer é penoso. Olhar para dentro de si mesmo, com profundidade, é sempre perturbador".
(Martha Medeiros)
"Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. 
O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."
(Martha Medeiros)
"Uma vida sem sustos. É o que desejo pra mim.
Não estou dizendo uma vida sem decepções,
frustrações ou êxtases: sem sustos apenas.
Quero aceitar a potência dos meus sentimentos 
e não ficar embaraçada diante de reações incomuns.
Poder receber uma ventania de pé, mesmo que ela me desloque de onde eu estava.
De pé, mesmo com medo."
(Martha Medeiros)
"E a vida é assim: nem sempre dá tudo certo e nem sempre dá tudo errado. 
É aprendizado. Mas desconfio e procuro me afastar de gente que mostra uma vida que não precisa de retoques. 
Todo mundo precisa de ajustes, internos e externos." 
(Clarissa Corrêa)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Nossa liberdade é parcial, todos sabem. Não me refiro ao país, e sim à nossa liberdade individual, minha e sua. Sempre que toco nesse assunto me vem à cabeça aquela frase que citei outras vezes: 'O máximo de liberdade que podemos almejar é escolher a prisão em que queremos viver.' É isso aí. 
E quais são essas prisões? Pode ser um casamento, ou, ao contrário, um compromisso com a solidão. Pode ser um emprego ou uma cidade que não conseguimos abandonar. Pode ser a maternidade. Pode ser a política. Pode ser o apego ao poder. Enfim, todas as nossas escolhas, incluindo as felizes, implicam algum confinamento, em alguma imobilidade, e não há nada de errado com isso, simplesmente assim é a vida, feita de opções que nos definem e nos enraizam.
Mas às vezes exageramos. Costumamos nos acorrentar também a algumas certezas e pensamentos como forma de dizer ao mundo quem somos. É como se redigíssemos uma constituição própria, para através dela apresentar à sociedade nossos alicerces: sou contra o voto obrigatório, sou a favor da descriminação das drogas, sou contra a pena de morte, sou a favor do controle de natalidade, sou contra a proibição do aborto, sou a favor das pesquisas com célula-tronco. Esse é apenas um exemplo de identidade que forjamos ao longo da vida. Você deve ter a sua, eu tenho a minha.
Dá uma segurança danada saber exatamente o que queremos e o que não queremos, no que cremos e no que desacreditamos. Mas onde é que está escrito, de fato, que temos que pensar sempre a mesma coisa, reagir sempre da mesma forma?
Ao trocar de opinião ou de hábitos, infringimos nossas próprias regras e passamos adiante uma imagem incômoda: a de que não somos seres confiáveis. As pessoas à nossa volta já haviam aprendido tudo sobre nós, sabiam lidar como nossos humores e nossos revezes, estava tudo dentro do programa e, de repente, ao mudarmos de idéia ou fazermos algo que nunca havíamos feito, subvertemos a ordem natural das coisas.
Quando visito algumas escolas, encontro estudantes um pouco assustados com as escolhas que farão e que lhe parecem definitivas. Tento aliviá-los: pensem, repensem, mudem quantas vezes vocês quiserem, é permitido voltar atrás. Digo isso porque eu mesma já reprimi muito meus movimentos, minhas alternâncias, numa época em que eu achava que uma pessoa séria tinha que morrer com suas escolhas. Ainda há quem considere leviana a pessoa que se questiona e se contradiz, mas já bastam as prisões necessárias - para que cultivar as desnecessárias?
Optei pelas medidas provisórias. Por isso, todos os anos eu faço uns picotes na minha constituição imaginária e jogo os pedacinhos de papel pela janela: é assim que comemoro o Dia da Independência. Da minha. 
(Martha Medeiros)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

"Você é adulto mesmo?
Então pare de reclamar, pare de buscar o impossível, pare de exigir perfeição de si mesmo, pare de querer encontrar lógica pra tudo, pare de contabilizar prós e contras, pare de julgar os outros, pare de tentar manter sua vida sob rígido controle.
Simplesmente, divirta-se!"
(Martha Medeiros)
"O tempo passa e algumas pessoas se recusam a mudar! Abandonar péssimos hábitos, andar pra frente, esquecer as picuinhas e mediocridades. Crescem e não amadurecem. Se prendem a disputas que não levam a lugar algum, joguinhos de ego, e futilidades sem fim. Vivem a vida alheia, por não ter vida pra viver. Planejam vinganças que só fazem mal a si mesmas. Falta de amor próprio ou de ocupação? Eu respondo: Falta de vida real, de enxergar a felicidade em si mesma e procurar problemas nos outros pra se sentir um pouco melhor... 
Falta de ar puro, de dar e receber amor... Vivem de fantasia e não vivem. Se iludem e se prendem a um passado que só não passa pra esse tipo de pessoa. Eu escolhi por andar pra frente, e seguir em paz. 
E o problema que algumas pessoas podem ter comigo, é um problemas SÓ delas."
(Karla Tabalipa)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras e me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para que ele se instale. 
O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso ignorar a delícia que sinto quando estou sozinha. E também não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda vontade de companhia. 
O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta." 
(Marla de Queiroz)


"É tudo vasto. Essencialmente vasto. Generosamente vasto. 
Assustadoramente, também. Inclusive, o próprio amor. 
Que não tem limites. Que tudo pode curar. 
Que tudo pode abraçar. Que tudo pode transformar, contrariando as perspectivas apertadas e assustadíssimas das temporadas nos cárceres."
(Ana Jácomo)
"Derrubei todas as minhas paredes 
pra dar lugar a mais janelas.
Quero que meus olhos alcancem além do que há aqui.

É muita luz pra pouco cômodo.
E eu sofro com o (in)comodo 
Desse espaço que faz falta em mim!"
(Fernanda Gaona)
"O amor, esse sufoco, agora há pouco era muito,
agora, apenas um sopro;
Ah, troço de louco, corações trocando rosas, e socos."
(Paulo Leminski)