segunda-feira, 30 de abril de 2012

"Faz frio hoje. O inverno está chegando.
Estranho, o inverno sempre me deixa um pouco mais profundo.
Me volto para dentro de mim mesmo, tenho a impressão exata de que me pareço com um dos plátanos da praça aí de baixo: hirto, seco, mas guardando alguma coisa por dentro."
(Caio F. Abreu)


"... o que dá trabalho mesmo é viver sempre do mesmo jeitinho.
Pois eu quero mais dessa maluquice que me ajuda a reinventar maneiras de estar aqui. Porque para se estar aqui com um pouco que seja de conforto na alma há que se ter riso. Há que se ter fé. Há que se ter a poesia dos afetos.
Há que se ter um olhar viçoso. E muita criatividade."
(Ana Jácomo)
"Quem sou? Mulher com garantia. E seria ousadia prosseguir: se madura ou biruta ou grotesca, se sensível ou racional ou se mais uma igual a todas, nada me define e eu definho, queria tanto ter certeza. Erro noite e dia, tenho consciência apenas do que faço mal, atitudes certas e palavras oportunas. Não confirmo existência, faço tudo trocado, as avessas, sem jeito, e choro aos montes. Difícil existir no mundo sem um bom planejamento pessoal.
Eu não sou nada. Ninguém. Não sou daqui, não assimilei as regras, sou uma boa indefinição bem disfarçada e que anda às cegas."
(Martha Medeiros)
 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dentro de nós


De vez em quando sinto uma falta de ar violenta. Mas não se preocupe, acho que não tem nada de errado comigo ou com meus queridos pulmões. A coisa vai mais além (e vem mais de dentro): está difícil viver. É julgamento aqui e ali, feito bala perdida. Sobram juízes, sobram deuses, sobram entendidos em todos os assuntos. E falta um pouco de olho no olho e compaixão.
Esse nosso mundo está cada dia mais complicado, acho que os valores estão escorrendo pelas nossas mãos. E ninguém quer parar, pisar no freio, respirar fundo e olhar para os dois lados. Todo mundo segue acelerando sem olhar para trás, sem se importar com o bem-estar do outro. Até quando? Até quando as agressões serão gratuitas? Até quando a gente vai aplaudir a moça que raspa a cabeça na televisão? Até quando a graça vai ser rir da desgraça alheia? Até quando vai ser bonito falar palavrão e tomar tarja preta? Até quando vai ser legal sair com a bunda aparecendo no meio da rua? Até quando você vai se preocupar se a filha de A ou B tem a doença C? Até quando você vai apontar o erro do outro ao invés de reconhecer seus próprios erros?
Não aguento mais esse ti-ti-ti, esse bafafá, essa gente que não é capaz de olhar para si primeiro. Tudo precisa de rótulo, tudo precisa ser debatido, tudo precisa virar confusão, tudo é levado para o outro lado e encarado como crítica. As pessoas estão sensíveis e agressivas demais. É contraditório, eu sei. Mas jogam mil pedras nos outros e ficam ofendidas por pouco. Isso é demais pra mim. É por isso que cada vez mais eu me fecho no meu mundinho. E lá entra quem eu quero, quem é da minha tribo. Porque esse mundo onde tudo é guerra, confusão e gritaria não é comigo. Não gosto do grito, prefiro os meus silêncios. Não gosto da confusão, sou do time da calmaria. Não gosto do tumulto, prefiro a paz. Não gosto da fofoca, prefiro falar com os olhos. É mais humano, mais leal, mais digno, mais legal.
Acho que as pessoas andam perdidas. E fazem a maior questão de se preocupar com o que está fora. Esquecem que o que nos acompanha é o que fica lá dentro. E essa é a nossa melhor e pior parte.
(Clarissa Corrêa)

quarta-feira, 25 de abril de 2012


"Gosto de quem presta atenção em mim. De quem procura novidade mesmo me conhecendo do avesso.
De quem não desiste de me descobrir.
De quem não se cansa da rotina. De quem se entrega.
Sempre."
(Clarissa Corrêa)
"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado.  Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.
A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"
(Fernanda Gaona)

“Mas quer saber quando é amor mesmo? Quando você briga com o outro, discute por uma bobagem qualquer e mesmo assim tem a certeza que ama e que quer aquela vida pra você. A paixão usa máscaras, o amor vem de cara limpa. E ele é tranquilo, seguro. A paixão é queda livre, salve-se quem puder. O amor, não.”
 (Clarissa Corrêa)


terça-feira, 24 de abril de 2012


"Agora não havia choros para enxugar, o desespero era todo dentro, 
os olhos estavam secos."
(José Saramago´)

"Te amo, ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade"
(Hilda Hilst)

"(...)Uma esquizofrenia teológica, eu sei, quando fica tudo confuso assim, meu descanso é recolher-me como um tatu-bola e repetir até passar a crise, Senhor, tem piedade de mim.
Até em sonhos repito, Senhor, tem piedade de mim, é perfeito.
Sensação de confinamento outra vez, minha pele, minha casa, paredes, muro, tudo me poda, me cerca de arame farpado."
(Adélia Prado)

sábado, 21 de abril de 2012

Pequenas coisas



Cansei de promessas e de ficar com a expectativa me rondando os pensamentos e apertando o estômago. Não tenho lá muita paciência para esperar o que virá. Queria ter o roteiro da vida entre os dedos, mas ao mesmo tempo penso: que graça isso teria?
Acredito em destino. Não que as cartas já estão marcadas e que toda a sua história já está escrita. Mas creio que nada é por acaso, que coincidências não existem. Acho, sim, que existe o livre arbítrio, que a gente faz escolhas e, consequentemente, arca com cada consequência. Acho que é mais ou menos um labirinto: muitas opções e dúvidas. E a gente que decide pra qual lado vai, por onde volta, como recomeça.
Acho que diariamente a gente gasta energia no que não importa tanto assim. É fácil falar, difícil é ter a maturidade e calma de dizer isso não vale a pena. Algumas coisas estão fora do nosso alcance, não adianta bater o pé. Muitas vezes a gente depende dos outros - e temos que aprender a lidar com isso. Para mim é um sacrifício enorme, já que gosto de ter o controle de tudo e resolver as coisas sozinha. Mas a gente está aqui, dentre outras coisas, para aprender. Para consertar as coisas, para conseguir ir mais além, para vencer as pequenas batalhas e medos diários.
Tento todos os dias aprender uma coisa nova, por menor que seja. Aprendi com meu pai o quanto isso é importante. E por pior que esteja meu humor, procuro ouvir pelo menos uma música por dia, dar um sorriso para um desconhecido. Pode soar bobo, mas faz uma diferença enorme quando a gente deita a cabeça no travesseiro e espera o sono chegar.
(Clarissa Corrêa)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Acenda um fósforo em mim, não queima
perfure uma faca, não jorra
cuspa na minha cara, não escorre
quase nada me traz consequência.
Não há aderência em gente que teima."
(Martha Medeiros)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Fui dormir umas vezes tão feliz, que, se 
soubesse minha força, levitava. 
Em outras, tanta foi a tristeza que fiz versos."
(Adélia Prado)
“Me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo.
 Me sinto grata, mas responsável é demais.”
(Martha Medeiros)

domingo, 15 de abril de 2012

Abrindo o jogo


Nunca consigo ser direta, clara e precisa. Para dizer uma coisa simples faço mil rodeios, falo além da conta, digo o que não devo, me perco no meio de tantas sílabas. A culpada é a minha necessidade de expressão. De interrogar, exclamar, pontuar, colocar reticências no final.

Não sou uma pessoa legal. Sou centralizadora, controladora, tudo tem que ter o meu tom e a minha forma. Sempre acho que meu jeito de fazer é melhor, por isso me estresso tanto. E daí se o outro tem uma forma peculiar de dobrar uma toalha? É difícil demais entender mudanças e diferenças. Aliás, acho que se fosse fácil aceitar o outro exatamente como ele é existiria mais respeito no mundo e, consequentemente, mais paz entre as pessoas.

Tenho um jeito meio estranho de lidar comigo. Nem sempre me aceito, nem sempre me entendo, nem sempre me dou a mão. E como é essencial a gente se dar a mão, meu Deus! Olhar para dentro pode ser desesperador e doído. A gente carrega muitas coisas no peito, nas costas, na memória. E é preciso tentar viver bem com passado, presente e futuro batidos e misturados dentro da coqueteleira interna. Não é tarefa fácil, não. Requer esforço e uma capacidade bonita de perdoar.

Não sei se consigo perdoar. No fundo ainda me culpo. E acho que a gente sempre se culpa por uma coisa ou outra. Não sei se consigo perdoar o outro. É difícil. Tem coisa que não dá pra esquecer. Algumas cenas ficam na memória. A gente consegue ouvir direitinho a voz da outra pessoa dizendo aquele bando de palavras ruins. E aquilo fica ecoando na cabeça, maltratando o coração. Mesmo que eu diga tudo bem, você está perdoado, vou carregar tudo na lembrança. E vez ou outra a bagagem pesa demais, é preciso parar, descansar, tomar uma água e continuar. É preciso dar um tempo. Ele, o famoso tempo, aquele cara que ninguém gosta, mas que feliz ou infelizmente cura tudo. Tudo mesmo.
(Clarissa Corrêa)
"(...) Dor, susto, drama e tragédia, a gente nasce sabendo.
Saber ser feliz exige décadas para entender e, ao mesmo tempo,
pede tão pouco. Muitas vezes, 
se vive somente para relatar o quanto nossa vida é impressionante,
mas lá no fundo persiste uma mágoa desconfiada de não vivermos o que realmente desejamos.
- O que desejamos não se diz, se arde!"
(Fabrício Carpinejar)
“Mas não tenho mais tanta pressa.
Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo.
Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim.
Eu sou a viajante e a viagem."
(Ana Jácomo)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Vocabulário Feminino


 Se eu tivesse que escolher uma palavra
- apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,
essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho.
Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial  da mulher moderna.
Amizade, por exemplo.
Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.
E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente),  sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele.
Para a alma, então, nem se fala.
Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.
E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:  pausa e silêncio.
Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,  três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio.
Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos,  reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.
Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia.
Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.
Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias.
Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.
Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.
Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia:  gentileza.
Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada.
Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.
Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro,  e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco,  na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.
E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.
Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Brad Pitt ... sonhar é quase fazer acontecer.
Sonhe até que aconteça.
E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.
A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.
E, por último  (agora, sim, encerrando),  risque do seu Aurélio a palavra perfeição.
O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites.
Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita,  a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.
Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam,  bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.
E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.
Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem  (e a busca da perfeição pesa toneladas),  a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.
(Leila Ferreira)

terça-feira, 10 de abril de 2012

"Que você volte depressa, que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho, e chore, se arrependa
E pense muito que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho, 
Tomara que a tristeza te convença, que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz, e o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama, que não se desfaz
E a coisa mais divina, que há no mundo
É viver cada segundo, como nunca mais."
(Vinícius de Moraes)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

"Porque eu sou isso que você vê: sou mais sentimento que razão, sou mais grito que sussurro,
sou mais pé na nuvem do que no chão."
 (Clarissa Corrêa)


 

Me veja e ainda assim, me ame

Eu tento não sentir saudade, mas é em vão. Não posso simplesmente apagar você da minha vida. Era amor demais. Você foi a minha referência, minha base, meu mundo, meu chão. Posso parecer boba ou clichê, mas você era como uma lanterna que iluminava o meu caminho. Uma espécie de oráculo, que dizia para onde eu tinha que ir, o que eu tinha que fazer. Ao seu lado, me sentia segura e quase feliz. É claro que eu pensava meu-deus-tenho-que-caminhar-com-as-minhas-próprias-pernas, mas ficava adiando decisões, adiando a minha própria liberdade.
Você me dominava com seu amor, com seus ensinamentos, com sua força. E eu te admirava tanto. Até o dia em que parei de admirar. É que uma horas as máscaras caem. Chega um ponto em que tudo desmorona, feito um castelo de areia na beira da praia. E foi o que aconteceu com você. Eram tantos sonhos. A gente tinha tanta vida pela frente.
Acho que eu nunca quis parar para pensar que o seu amor me fazia mal. Porque amar não é tão difícil. O complicado é encontrar um amor que te faça bem, que não te desequilibre, que não te desestruture, que não te coloque para baixo. Um amor que seja um porto-seguro. E que não tenha que disputar, que não te encare como rival, que não veja a relação como um jogo, uma guerra, um campo de batalha.
Te amar foi difícil. Mas era tudo que eu sabia. E procurava ser tão boa para você, chegava a passar por cima de coisas que eu achava que eram essenciais e boas só para te ver feliz. E nunca, nunca era o suficiente. Então passei a me perguntar: será que algum dia você realmente me conheceu? Será que você quis me ver por dentro? Porque eu sou isso que você vê: sou mais sentimento que razão, sou mais grito que sussurro, sou mais pé na nuvem do que no chão. E não me arrependo de nenhum defeito meu, não me condeno e nem me culpo. Me aceito toda cheia de cicatrizes, roxos e falhas. Só queria que você realmente conseguisse me ver. E ainda assim me amar.
(Clarissa Corrêa)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

"Eu perdi um pouco dessa coisa de humildade.
Aprendi uma coisa que a análise me ajudou :
a aceitar a minha grandeza, a aceitar o fato de ser bom.
Porque te dá um medo filho da puta: ser feliz, medo de amar, medo de ser bom.
Tudo que faz bem pra gente, a gente tem medo.
E eu tô tranquilo, porque ocupei meu lugar e ninguém tasca mais.
Foi o que sempre quis, era meu sonho."
(Cazuza)

"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretensiosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."
(Clarice Lispector)

terça-feira, 3 de abril de 2012

"Quem pode explicar o que me acontece dentro? 
Eu tenho que responder ás minhas próprias perguntas. E tenho que ser serena para aplacar minha própria demência. 
E tenho que ser discreta para me receber em confiança.
 E tenho que ser lógica para entender minha própria confusão. 
Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto."
(Martha Medeiros)


“Eu constantemente sinto saudade das coisas que perco, mas não as quero de volta.
Já doeu uma vez.”
(Caio F. Abreu)

"Vocês não precisam de uma razão para conversar...
Se são amigas mesmo, não precisam nem falar;
podem caminhar lado a lado em silêncio.
Mas há sempre algo sublime no ar entre amigas de verdade.
Talvez respeito seja a palavra. Afeto, certamente. Cumplicidade?
Mais do que cumplicidade. Sintonia? Surreal... Acho que é amor.
Só mesmo amando para você confiar a ela o seu próprio inferno.
Emprestar suas coisas, dar o seu tempo, ser honesta nas suas respostas,
cuidar para não ofender, abraçar causas que não são suas,
entrar numas roubadas e compreender alguns sumiços."
(Martha Medeiros)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

“Afinal, viver tem sido sempre assim, quando dou sinal dos meus desgastes, vejo a vida nascer de novo, feito flor que transforma o olhar.
Não tenho certeza alguma… Mas trago comigo um punhado de coragens prá usar.
Sem regras… hoje só garanto o acaso!”
(Solange Maia)
“Que abril me traga todos os sorrisos que março me roubou.
Que venha com bons ventos que me traga sorte e amor, que não me deixe sofrer por favor.
Que esse mês tudo dê certo.”
(Caio F. Abreu)

domingo, 1 de abril de 2012

"Que a gente siga cultivando um pouco da pureza, inocência e confiança que a gente tinha aos 8 anos, coisas que acabam se perdendo com a brutalidade do cotidiano.
 Se eu não sinto saudade da infância, é porque essa inocência de certa forma ainda preservo, porque sem ela ficamos muito ásperos em relação a tudo. 
Então, sigamos inocentes, mas sem deixar de curtir a magnitude de ser gente grande."
(Martha Medeiros)
"Amamos quem divide com a gente um dia de trabalho. 
Amamos quem nos faz rir. Amamos quem dá ou aceita ajuda. 
Amamos quem sabe ser carinhoso. 
Existe amor em nós e é bom falar sobre ele. É energia que se multiplica e torna melhor o dia, o tempo, a vida..."
(Cris Guerra)