"Por isso, faço a minha sorte.
Sou fiel ao que sinto!"
(Caio F. Abreu)
"Se alguém te perguntar o que quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo..." (Mario Quintana)
Você não precisa ter tido uma extensa lista de namorados para saber o que quer e o que aceita. E, olha, tem certas coisas eu não aceito mais. Porque não sou mais criança, porque apesar das minhas celulites, dos meus quilos extras, do meu siso que entortou o dente da frente, da minha mancha no pescoço que parece um chupão, do meu dedão da mão direita ter braquidactilia, das minhas imperfeições visíveis e invisíveis eu me amo. Me amo, sim. Me amo muito. E antes de amar meu primeiro namorado, que hoje é meu marido, eu me amo. Porque é aquela velha historinha que a aeromoça conta dentro do avião: “Em caso de despressurização, máscaras individuais de oxigênio cairão automaticamente. Puxe uma delas para liberar o fluxo, coloque sobre o nariz e a boca, ajuste o elástico e respire normalmente. Auxilie crianças ou pessoas com dificuldade somente após ter fixado a sua” Isso sempre dá eco na minha cabeça, principalmente a frase “somente após ter fixado a sua, somente após ter fixado a sua, somente após ter fixado a sua”. Não tem como ajudar o outro se a gente não estiver bem. Não tem como amar outra pessoa se a gente não se ama.